Nestas sociedades selvagens que dizem ser civilizadas
Os ricos enriquecem usando a corrupção sem deixar pegadas
Os pobres através das balas que os ricos introduzem
Por mais que estudem de nada vale o que produzem
A verdadeira máquina consumidora é a burguesia
Sou e continuarei a ser mais eu aqui ou ali
Se queres ser alguém, dá asas a tua filosofia
Pois para quem não sabia e nada produzia
Terá uma emergente e enorme azia
Estou farto deste mundo cheio de compressores mentais
Só existem simples consumidores rebaixados aos opressores
Esta na hora de eliminar estes predadores da nossa fantasia
Que nos eliminam a capacidade cognitiva
Com exibições baratas de qualidade para nos obstruir
Que só a TV nos obriga a ver e ter de sentir pior que o IVA
Merda de Tecnologia que um dia gostei de possuir
Mas que nos dias de hoje só nos destrói a mente e é impossível largar
A anos atrás eu brincava com carrinhos de ferro
Hoje em dia os putos têm motos de 4 rodas com quilómetro zero
Têm telemóveis caros que nem um trabalhador comum pode pagar
Fingem que cantam Hip-Hop e pop desnudos e mudos
É só imitação barata e rasca dos americanos
Não têm nada para dizer deviam ficar calados
Isto tudo é a fonte do meu ódio e eu não me calo nem amordaçado com panos
Se me olhares nos olhos não verás a alegria que existe nos meus lábios
Estou farto de parasitas revestidos de fatos caros
Que deixam a minha gente inválida e apavorada
Pisada e destroçada por não lhes tratarem como gente
Os meus irmãos estão paulatinamente a morrer
No Sudão (Darfur), na Somália, a correr
De medo, de pavor, de horror, de temor
E pensas tu saber algo de ti e de África
TINTSUNA