Vagou, e partiu batendo a porta,
Não disse sequer um adeus.
O seu caminho? Quem se importa?
Se levou consigo os sonhos meus...
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Vagou, e nem sequer se despediu,
Passou pelo portão, encontrando a rua.
Partiste, e meu lamento não ouviu,
E uma lágrima caiu, e a culpa foi sua...
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Vagou, não escolheu estradas nem trilhos,
Não quis voar, muito menos navegar.
Não disse adeus nem aos seus filhos,
Foste como uma estrela que deixou de brilhar...
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Para onde foste? Eu não sei!
Mas eu temo em entender essa história.
Talvez seja algo que jamais entenderei,
Ou algo que logo se apague da memória...
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Por onde tu andas? Onde tu estás?
Porque partiu, sumindo na escuridão?
Creio que talvez não me responderás,
Porque deixaste mais um na solidão...
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Onde tu estavas? Que não viraste flor!
Onde tu estavas? Que não se fez notar!
Onde tu estavas? Que não viu a minha dor!
Onde tu estavas? Que não me viu chorar!
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Porque não apanhaste cada lágrima sentida,
Ao escorrer por nossos rostos, virando poeira no chão.
Onde tu estavas? Quando se pôs de partida,
Calando a ultima nota de nossa canção...
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A cadeira ficou vazia, e onde tu estavas?
Vagaste entre a vida e a realidade,
Procurando o que entre nos não encontravas,
Partindo para onde mora a saudade...