Textos : 

sem número

 


. façam de conta que eu não estive cá .








podia dar-te um lugar onde atracares os braços. um corpo para habitar o teu nome. podia dar-te o meu corpo, o meu nome com ele, para dele fazeres um barco. quero de ti um mundo, podia dar-te outro. acordei a noite de frio ou silêncio, ou foi a noite que me acordou. lembro-me de abrir os olhos e ver escuro, sentir cheiro de memórias a raspar a pele. mais tarde eram os pés descalços de chuva à espera de tempo melhor lá fora. à janela vi claramente para dentro, como quando uma boca se abre para mostrar onde dói nas entranhas. podiamos tudo. tenho para ti todas as noites.
 
Autor
Margarete
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1091
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
9 pontos
1
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Moreno
Publicado: 24/02/2010 10:52  Atualizado: 24/02/2010 10:52
Colaborador
Usuário desde: 09/01/2009
Localidade:
Mensagens: 3482
 Re: sem número à mar
pode-se tudo, quando os braços assim se abrem, mesmo que a chuva persista.

beijo