Mais uma vez aquele menino aqui se encontra,
Esboçando seu sorriso suplicante,
Corre por todos os lados,
E sempre se depara com a mesma porta.
Acorda todos os dias nas madrugadas,
Ajudando seu pai nas noitadas,
Perdendo cada dia mais sua infância,
Onde em seus olhos não se pode encontrar inocência.
Trabalha o quanto pode,
Têm suas mãos todas machucadas,
Passando o dia pegando em picaretas e inchadas,
E pouco recebe por seu trabalho prestado.
Obrigado a exercer suas funções,
Rezando pra que um dia a sua correria,
Seja na verdade de felicidade,
E não pela dor da fome.
Desejando abrir um sorriso sincero,
Sonhando em construir um grande castelo,
Que apesar de sofrido,
Ainda permanece uma criança.
Tatiane Nunes Freire