Se te pudesse prender numa gaiola
como a um pássaro...
se te pudesse segurar pela mão,
como a uma criança...
se pudesse suster o sentimento
para te aprisionar na redundância
do meu olhar angustiado...
talvez o sonho ganhasse asas
de querubim
para subir com elas
à inóspita serenidade
do silêncio
nas fugazes noites de lua-cheia!
Vem pintar o entardecer
nas margens da fantasia!
Vem lavar a alma ausente
com palavras de lucia-lima
Vem...
fazer de conta que é tempo
de colheitas e vindimas,
e que as águas livres
correm perdidamente mansas
nos arrozais da loucura!
Quem sabe, não seremos
ainda o que sobra do amanhã!
Em 15.Dez.2009, pelas 13h45
Paulo César
Escrever é uma forma de estar vivo!
Paulo César