Descasca-me,
Expõe meu mesocarpo
Reduz-me à polpa,
Que mesmo assim serei voluptuoso.
Deixa-me escorrer
Meu sumo em seus lábios,
Lambuzar suas mãos,
Seu busto.
Cospe-me,
Separa minhas sementes e planta.
Germinarei ao despertar do sol,
Irrigado por sua saliva matinal.
Para dar-lhe prazer,
Consolar seus sentidos
E seu espírito.
M.Cardoso