Existe algo, adormecido,
Entre duas coisas incompletas,
Meu ser, triste e perdido
está agora nas mãos de poetas.
De poetas, Deus meu!
Eles mesmos que em tudo,
Me relembram por relembrar
Que não são nem mais, um escudo,
um vigiar cego, isto.
Meu ser a trabalhar.
Escondi, perdi, e nem sei mais
Por que ruas,
Por que locais,
Te procurei.
Não, já nem isso, eu sei.
O meu desconhecido ser,
O teu, o nosso.
Ai! Será que posso
Tentar sequer
Encontrar-te de novo?
mm Coiso... Soraia Cruz