Plácido instante, terno momento
céu em índigo, nuvens brancas
brisa fresca montada por beija-flores
folhas que farfalham em melodia
Suave explosão de doces sorrisos
lábios se encontrando na ternura
braços que se estreitam em dó maior
mãos desesperadas para afagar
A terra fértil engravida da semente
o brilho nos olhos da vida é doçura
há cadência no movimento das ondas
palavras são pronunciadas com respeito
Branco e preto se unem, miscigenam,
pois existe apenas o amor, nada mais,
inexiste necessidade da água tornar-se vinho
as uvas se amontoam nas videiras
Ao longe, o horizonte dorme sobre o mar
escondendo o sol e despertando a lua
enquanto a noite se enfeita cândida
para encontrar-se com as estrelas
Gilbamar de Oliveira Bezerra