Também aqui te encontro, no canto da sala vazia
Feita de azulejos brancos, o chão esta húmido e tão frio.
Estás debruçado em ti, desta vez não usas a mascara de palhaço
Nem pintas te os lábios, desta vez estas nu…completamente nu.
Estás tão magro, (penso) … tão enfraquecido.
Caminho em tua direcção... fitas me com um olhar de cansaço.
Aconchegas a cabeça entre as pernas…vai te embora! -dizes
Não vou! …ajoelho-me e tento te abraçar…não me deixas. Agrides me…
Lutamos entre braços … vai te embora! …insultas me…bates me…
De punhos cerrados… Magoas me. Consigo te imobilizar, abraçando me em ti,
Larga me! …. Larga me! …aperto te em mim com mais força,
Tua resistência finda e começas a chorar compulsivamente no meu ombro.
(sensação estranha, dejavu…)
De súbito, mordes me o ombro como se fosses um cão feito raiva, afasto a tua boca do meu ombro… com a mesma rapidez coloco as minhas mãos na tua face…
Entre dor e promessa digo te…NÃO! …NÃO TE DEIXO CAIR! Nunca mais! …nunca mais… (convincente) olhando te nos olhos…Ajuda me, imploras me. Estas exausto…abraço te em mim novamente.
(silencio)
Cheiro a tua a pele… e meus dedos tocam te suavemente… amaciando te os cabelos, estas mais calmo agora…encontras te em paz.
Tu agora és meu… beijando te, beijando te a face, a testa, os teus olhos, a tua boca…tu agora és meu, digo te…meu lindo, meu querido, meu amigo…minha alma… meu amor.
Caopoeta
Aglutinemos nossas almas, talvez possamos dar um pouco de alegria à nossa infindável tristeza.