Penso nas flores que o vento
sopra
e doem-me as vozes
que acordam o silêncio!
Observo os barcos que o mar
embala
e adormeço na planura
dum sonho imperfeito!
Escolho as palavras ditas
para falar de amor
e perco-me na ausência
das silabas interditas!
Sinto o vento que o mar
enerva
e semeio de vagas
os projectos que desaguam
no mar da palha!
Quantas gaivotas
voarão ainda sobre o sorriso
dos crédulos?
PC