«« Jogam-se palavras feitas de cercaduras ««
Jogam-se palavras feitas de cercaduras
Umas são finos filões de oiro transcendente
As outras são desapegos e frustrações que carregamos na alma
A injustiça da palavra por vezes é de tal ordem
Que as mentes envelhecem antes de tempo
E o coração alonga raízes de carências e afectividade
Raízes essas que atacam sem olhar o quê
Atacam a coerência e a convivência, acima de tudo atacam a cidadania
A higiene da palavra na cidadania, passa pelo respeito
Pelos valores que vão passando de geração em geração
As modas passam, as ideologias morrem, os valores e os costumes alteram-se
Mas, o conceito de bom senso é inalterável.
Jogamos palavras ao ar, muitas vezes num impulso de raiva e revolta
Outras vezes na hora em que o desespero nos turva a visão
Nada mais natural…
Daí advêm a diferença entre o homem e as restantes espécies.
Contudo passada a hora da revolta ou do regozijo
Temos obrigação como humanos que somas à auto analise
Ao reconhecimento sem precisar que apontem o dedo
Para a nossa postura mais ou menos correcta
Não necessitamos de andar a reboque da opinião de terceiros
E muito menos de fingirmos sentimentos de raiva ou revolta
E é completamente desnecessário a manipulação de opiniões.
Se não…
Passamos de humanos a parasitas da sociedade.
Quem utiliza estas armas quase sempre o faz de maneira subtil e dissimulada
Muda de pele como quem muda de camisa
Hoje está neste grupo, mas sempre com um pé no grupo adversário
Não perde a oportunidade de se evidenciar aos olhos dos seus pares,
Tudo serve desde que consiga tirar algum proveito da situação.
Cada um de nós tem o dever de lutar pela liberdade de expressão
Pela liberdade como cidadão do mundo.
Cabe a cada um lutar pela sua liberdade
Mas…
A nossa começa quando termina a do outro
Frase mais que banalizada e que qualquer criança aprende desde tenra idade
Quem conheceu e viveu uma ditadura por dentro..
Seja uma ditadura colectiva, neste caso de origem politica, ou familiar
Sabe e entende as mossas que uma ditadura deixa na alma humana
Mas o contrario é tão ou mais destrutivo.
O desleixo banalizado de uma sociedade que esquece estas normas
Leva ao decair dessa mesma sociedade, leva à sua auto destruição…
A história está cheia de factos concretos que o comprovam
Civilizações inteiras foram dizimadas,
Tudo devido ao laxismo e ao facilitismo gratuito.
.......................
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...
Este texto foi escrito e publicado em Junho ou Julho de 2009, pelo poeta maldito. Penso que continua bem actual, vários meses se passaram e continua tudo na mesma senão para pior, os bons poetas é vê-los a afastarem-se do site a cada dia que passa,apetece-me perguntar ( eu e não o poeta )
««« Luso para onde caminhas ««
Antónia Ruivo.