Quando se espera tanto da vida,
É ela quem acaba esperando por nós,
Ao mesmo tempo em que paramos nossa corrida,
O mundo nunca nos deixou a sós.
A dor da partida é ardida,
Para que o sofrimento não nos atinja,
A felicidade da chega agora é contida,
Fazendo com que cada um de nós para seus pensamentos finja.
Uns param e preferem ver a vida passar,
Outros passam esperando a vida chegar,
Alguns para trás correm esperando a vida voltar,
E muitos morrem com medo de tentar.
Muitas luzes se apagam,
Enquanto a lua chega ao céu,
Escondendo o poderoso Rei sol,
Trazendo o negro aos mares.
E nesse negro mar encontramos o pranto,
Um riacho a base de lágrimas,
Um sentimento que perdeu seu encanto,
Salgado chegando a torturar o coração.
Um olha em volta,
Outro prefere abaixar sua cabeça,
Uns caminham juntos de mãos dadas,
Mais em cada um o egoísmo ainda é vívido como uma chama.
Uma chama que é fria como a neve,
Uma neve que é queima como o fogo,
Um vento que trás o calor consigo,
Um calor onde muitos encontram seu abrigo.
Tatiane Nunes Freire