Tirando a poeira dos porta-retratos,
Lembrando de coisas que já passaram,
Que em meu peito ficaram,
Nem mesmo o tempo apagou.
Juntando cada peça,
Vendo faces tão diferentes da mesma moeda,
Não sei como amamos pessoas tão distintas,
Que passam a fazer parte de nossas vidas.
Dois corpos que possuem o mesmo desejo,
Duas almas que guardam o mesmo segredo,
Dois corações que tem o mesmo sentimento,
O amor guardado dentro do peito.
E no toque das mãos,
As bocas se calam,
E o coração grita desesperado,
Impulsionando sangue por todas as veias.
No encontro dos lábios,
Passa um curto por cada fio nervoso,
Arrepiando nossa pele,
Tirando nossos pés do chão.
No encontro do olhar,
Na grandiosidade de um sorriso,
No abraço necessário,
Encontra-se o amor.
Amor que ama,
Que não foge por medo,
Mesmo sofrendo, acima de tudo,
Permanece a amar aquele que um dia te magoou.
Tatiane Nunes Freire