As portas que se fecham,
Seu corpo se encontra imóvel,
As luzes se apagam,
E tudo o que os olhos vêem passa a girar.
Muitos também lá estão,
Rindo e zombando da escuridão,
Enquanto alguns sozinhos se sentem,
Procurando as pessoas as quais tantas vozes pertencem.
Tateia por todos os cantos,
Procurando o que quer encontrar,
Aquelas vozes continuam a ecoar,
Na cabeça daquele que se acostumou a tanto pensar.
Correntes em seus pulsos estão,
Prendendo os sentimentos,
Prevenindo qualquer reação,
Onde todos os pensamentos se encontram flutuando num mar de solidão.
Encontra-se esquecido;
Prendendo-se a si mesmo,
Revendo as flechas de um sentimento ardido,
Que tanto queima o coração.
Olhos que nos segundo piscam,
Bocas que são capazes de falar,
Sorrisos que não se abrem,
Dores que não se acalmam.
O barco continua a navegar,
Procurando compreensão,
Onde muitos se jogaram nesse mar,
De profunda solidão.
Tatiane Nunes Freire