Olhando o espelho do medo,
Encontro o profundo da minha alma,
Deparando-me com a mesma porta fechada,
Do caminho da minha mente.
Se hoje o reflexo mente,
No amanhã será a verdade do passado,
O passado no presente,
E ausente no futuro.
Futuro pelo qual correndo encubro passos,
Andando cada passo repasso,
Indo do presente ao passado,
Revivendo os pensamentos e as lembranças.
Nesse caminho enigmático,
Onde ao final se encontra o abismo da morte,
De mãos dadas a loucura,
Acabado com a dor que tanto tortura.
Se num espaço vazio me encontro,
Pinto-o com todas as cores,
Desencobrindo todas as minhas dores,
Deixando de lado meu antigo mundo cinzento.
Se do passado corro, morro,
E no presente agora estou,
Tento reunir os cacos que o tempo espalhou,
Mostrando-me inteira, deixando de ser um brinquedo da sociedade.
Tatiane Nunes Freire