Corro para os teus braços
neles me aconchego e aninho
e meu corpo assim envolto
aquece , quando é das frias
madrugadas, que meu ser
ausente se sente sozinho.
Mas teus braços vêm para me
acalentar e não permitirão
que a vil sina de estar só, me
deixe ao relento da vida,
na desesperança do desalento
que meu ser frágil carrega.
Num longo abraço nos
perdemos e entre carícias e
sussurros dizes-me ao ouvido que
eu sou teu e tu és minha
(longas tranças no cabelo)
até que o amor nos separe.
Beijo-te os lábios, qual romã
doce, de romãzeira em flor
e tu devolves-me o beijo
e eu me confundo contigo
nas carícias trocadas
no cuidado a ter doravante.
E de mãos dadas e plenos de
amor caminhamos
nosso caminho, lado a lado
segredando horizontes azuis
mares admoestados
no sopro do búzio à beira mar.
Jorge Humberto
18/02/10