Manhā de sol,
Vislumbra o horizonte
Penso no pão quente da padaria,
Na visita,
Olho os transeuntes,
Passantes,
Correndo
E o calor me queimando o corpo...
Expectativas...
A campainha da porta
Que demora em atender-me,
Se foi?
Abre-se num estrondo
A porta automática do meu coração!
Um corredor escuro
Aguardará-me atravessá-lo?
Com manteiga
Já derretida ao chão?
Muito calor,
Suor frio
Gotejando lágrimas
No peito estufado,
Portas e janelas fechadas
A minha respiração ofegante,
Busco a entrada.
Se pudesse,
Congelava,
Se quisesse,
Não se abria!
Barulhos silenciosos em sua porta
Ouviam-se!
Correndo
Queria gritar,
Ardendo,
Podia sentir,
Um misto quente de prazer e dor,
Será que nunca acabam os corredores?
Diana Balis