Eu que creio em mim
Mais do que em qualquer crença,
Ô Santo Guerreiro proteja-me
Da conspiração dos malignos e da multidão.
Sobre o sol e chuva
Vou olhando para trás para não esquecer
Dos erros que me trazem até aqui,
Dos seres abençoados que me conduzem ao bem.
Nada vai destruir-me
Nem corromper a minha índole,
Ô Santo Guerreiro prova-me
Um pobre homem corajoso, intrépido e vencedor.
As lágrimas que derramo
Servem unicamente para lavar o peito,
Ô Santo Guerreiro não me abandone
Diante de luta tão desigual e ferrenha.
Eu vou,
Mesmo que seja na direção errada
Com os meus pés cansados
Um passo por vez, tortuosos.
Apenas eu
Conheço o meu sentar e o meu levantar,
Meu andar e o meu deitar,
Os becos sóbrios pelos quais passei.
Eu que não temo o mundo
Nem qualquer ser que nele habite,
Ô Santo Guerreiro abra os meus caminhos
Para que a minha jornada seja árdua, mas iluminada.
M.Cardoso