Aglutinemos nossas almas, talvez possamos dar um pouco de alegria à nossa infindável tristeza.
Que outra noite chega tarde amor
Que outra noite irrequieta de sentimentos de quem foi
o corpo sofrido entregue à terra,
À arvore que fazemos parte
rasga, paisagem dos abraços,
Mar destruído,
Roupa que seca no corpo nu.
Bem te conheço
Neste rio de emoções das algas
As que se atiram ao fundo do sonho
E ali se deixam ficar
Caras pálidas
encontras, no regresso a casa
A casa que não te quer porque
Sempre fomos das ruas
Dos escritos zinias
Dos caçadores de notas vocais: gritos
Sim
Será este poema este nome
Deixar que o dia chumbo
Transforme a lava em larva desculpável.
Queria-te dizer antes da noite
Que, por aqui estou a acenar-te
E beijar-te as palavras.