Quando te vi não quisera
ver-te, embora o desejasse:
quão bom era estar à espera
mas, melhor fora não esperasse!
Sei que água não conhecera
que tanta mágoa lavasse
mas, logo, à fonte correra,
se meu coração deixasse!
Quis ele, antes, que a quimera,
sonho lindo, em mim, sonhasse,
mesmo morta a confiança:
s'inda em tal dia soubera
amares-me, se eu te amasse,
reviveria uma esperança!