Uma rosa desabrochou
Uma rosa do ano, na primavera
Uma rosa com amor vingou
Uma rosa que sofre, mas ama.
Uma rosa desabrochou
Os muros de Berlim ruíram
O infinito finito ficou agora
O mar não mais lamenta
Uma rosa desabrochou
Pouco importa o que suceda
Importa nascer, e ela nasceu
Não ficar pensando como viver, mas simplesmente viver a vida...
Uma rosa desabrochou
Que os brutos riam deste ato,
O amor nasce das coisas mais singelas
Ele está presente em todas as pétalas
Uma rosa desabrocha
Na claridade da nascente,
No crepúsculo do poente
Na penumbra da noite
Um botão de rosa na minha mão
Rosa vida, com espinhos, dor e amor
Carmim, como o sangue que agita o coração
Rosa pura, perfuma o caminho, menina flor
Uma rosa eterna
Fragrâncias à distância
Elevam minh´alma sofrida
Quisera ter sempre rosas na vida...
AjAraújo, o poeta humanista, poema escrito nos anos verdes, em fevereiro de 1975.