Indo de barca
navego pela Baía de Guanabara
olhos mirando o imenso bar
onde diviso Paquetá!
Lá vou encontrar as palmeiras
que choram ao vento na praia da Moreninha
a casa colonial de cor rosada
as pessoas caminhando, de charrete ou bicicleta
(que coisa boa estar livre de carros)
Na demora da saída
a chance de ficar a sós
comigo e meus errantes pensamentos
até que chegue ao ancoradouro
Em Paquetá é assim
uma preguiça de ver o tempo passar
um perfeito esconderijo na vida agitada
um momento de paz assim é essencial...
AjAraújo, o poeta humanista, poema escrito em 1978, durante o meu estágio no Hospital Manoel Villaboim, em Paquetá.