Às vezes penso porque escrevo,
acerca das coisas que sinto e percebo
Ora, não seria melhor que falasse
cada sentimento gesticulasse, gritasse?
Porque cerrar as palavras
no silêncio de rimas articuladas?
Não teria o ser humano sido dotado
do dom da palavra para se expressar?
Para se fazer ouvinte e ouvido,
a quem ousasse clamar.
O silêncio não faz bem a ninguém,
não creio que devamos ser monges
com olhar distante ou eremitas
Pois, a vida escapa como a brisa que passou...
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em junho de 1976, revisitado em fevereiro de 2010.