Ainda há tempo?
Apenas tempo de muito sofrimento,
Que a minha alma a duras penas perdura,
Na solidão que gera tanto descontentamento,
A minha vida que dia após dia me tortura,
Se tenho comigo apenas o gélido vento.
Mas oh meu Deus o que faço?
Com esta minha triste sina,
Viver no mundo assim neste descaso,
Vê meu peito desabando em ruínas.
O tempo que me resta é pouco,
Pouco para vislumbrar o semblante da menina,
Que em meus sonhos foi belo de verdade,
Dela hoje não guardo nem a saudade,
Apenas a dor de não tê-la em minha vida.
Rodrigo Cézar Limeira