No aconchego de teu sossego
dormito as horas tardias
sinto o calor de teu achego
e passam horas e ficam os dias.
Nos teus braços me enlaço
no teu pescoço deixo o beijo
e sinto o teu pequeno embaraço
que te faz tremer o queixo.
Pouso minha mão no teu ombro
aproximo-me devagarinho
e do nada esvoaça um lindo pombo
deixando para trás o nosso ninho.
Caminho para ti sorrateiramente
deixo que os ais se vão pelo ar
e meu corpo fica dormente
pelo desejo insano de te amar.
Abraçados já nos contemplamos
olhos nos olhos bem de frente
no mais profundo que julgamos
ser este amor por ser diferente.
E de mãos dadas percorremos jardins
saltamos pedras e rochedos
belos nardos, malmequeres e jasmins
para guardar os nossos segredos.
Jorge Humberto
13/02/10