Ter-te é o almejo do meu desejo.
É a minha maior ventura.
É o descobrir-me a cada instante
de um instante a sós comigo.
Ter-te é ser feliz e saber porque o sou.
É nas tardes silenciosas ouvir-te
dizer baixinho meu nome…
como se soletrasses algo divino.
Ter-te é complemento de dois espaços
vazios. É ter saudade a cada momento.
E assim então querer-te a meu lado
na juventude e na velhice bem vivida.
Ter-te é ser sublime a manhã quando
nasce. É do sol a luz, da lua a prata, do
mar as águas. É uma andorinha a voar
por sobre as nuvens que a sustentam.
Ter-te é rever-te no espelho e saber-te
aqui…. Profundo desejo que meu
coração comporta. É olharmo-nos nos
olhos e falarmos a uma só voz.
Ter-te é possuir a chave da felicidade.
É cantar-te em Sol maior a minha saudade.
Ter-te é acima de tudo dois corações
que se enleiam um no outro primorosamente.
Ter-te é ouvir do teu riso o choro do lamento.
E do lamento a vontade de sorrirmos a dois.
É confortar-te quando estás sozinha… porque
ter-te é a coisa mais bonita que me aconteceu.
Ter-te é ser solidário, companheiro, amigo
é o braço que enleia teu ombro quando triste.
Ter-te é sermos audazes nos nossos sonhos.
E fazermos deles uma realidade nua e crua.
Ter-te é tudo isto que aqui digo e muito mais.
É sentir-me viajar de mãos dadas… passeando
jardins contigo. Ter-te é não querer mais
do que ter-te para sempre a meu lado…
Jorge Humberto
11/02/10