Hoje viajei no interior do meu corpo
E fiquei contente por tudo o que eu vi
Vi que estava vivo e nada estava morto.
Passei pelo coração e senti a emoção
Que dele brotava. Muito amor para dar,
Grande lugar também para o receber.
Fui até ao cérebro visitei as células
Visitei aquela que faz de mim brincalhão
Que me faz rir e dizer coisas sem intenção
De férir ou ofender quem quer que seja
E que faz com que eu seja levado da breca
Por isso tenho todos os dentes, não sou careca.
Fui ver se existia aquela célula da maldade
E não a encontrei porque tenho anticorpos
Que são especiais contra a maldade, Destroyer
É a sua divisa, são nobres, guerreiros, amáveis
Mas quando são atacados podem ser desagradáveis.
Visitei a célula aquela que controla a inteligência
E oh... desgraça, está tapada com uma carcaça
Que por causa da idade não a deixa desenvolver.
Porque a minha idade já está um pouco avançada
E por muita que ela lute nada mais há a fazer.
Cheguei à conclusão que melhor não posso escrever
Comentar e compreenderem o que quero dizer.
A célula que nos faz falar chamou-me à atenção.
Tens que ser mais frio a comentar para agradar
Comentar com alegria nem todos podem aceitar
E depois terás reflexões contrárias áquilo que tu és.
Parti triste. Pensei a tudo o que vi e que me foi dito
Guardei as boas, contra outras deixei soltar um grito.
A. da fonseca