Sou como um peixe nadando no mar poluído
sem conseguir ver ou respirar em condições,
nadando em círculos, sentindo-se tonto e perdido
no meio do remoínho das mais vastas situações.
Sou como uma ave voando no céu escuro e nublado
sem conseguir perceber qual o rumo certo a tomar,
voando em círculos sem chegar a nenhum lado
onde possa as extenuadas asas enfim repousar.
Sou como uma folha arrancada pela ventania
sem conseguir parar de andar aos tropeções,
de um lado para o outro sem sonho ou alegria
onde possa ancorar as suas crescentes ambições.
Sou comom uma labareda que a àgua extinguiu
sem saber sequer porque se deixou assim apagar,
fumegando a saudade do que um dia existiu
na força de um fogo que apenas sonha recomeçar.
HP/