Há náufragos em mares dantes navegados,
Nas marinhas, as velas ao vento içadas
Piratas lançam impropérios mútuos e bárbaros,
Por galeras novas conquistadas...
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A nau balança no vai e vem salgado,
Seguindo ao seu caminho lento
As estrelas têm lhes guiado,
Mas se encontram parado, a espera do vento...
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E seus tesouros levam pelo mar,
Sem ter o medo de naufragar
E por ele mantém um segredo...
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Ditadas no colóquio de um aedo,
Revelando naus no fundo de um cemitério,
Em indeterminados impropérios...
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O nome que está em todos os lugares,
Pilhando todas as riquezas e maravilhas
Agadanhando navios em todos os mares,
E ateando fogo em suas bandarilhas...
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Navegando por interlúnios intermináveis,
Essa galera é uma nave que abate
Tocando como interlúdios agradáveis,
No remanso das palavras de um vate...
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Mas é uma imagem lúgubre na galeria,
Um quadro negro pedindo alforria
Que foi ancorado pelo tempo...
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É como um fantasma no vento,
Amaldiçoando com seus impropérios,
Na pinacoteca dos vitupérios...