Sonetos : 

«« Escasso ««

 
Não me dói a indiferença de quem passa
Tão pouco daqueles que só me conhecem
Não me dói o não em palavras que caem
No vazio de um aperto de mão, escassa

É a confiança no dia por detrás da vidraça
Por onde os sonhos se esvaem, nada os retêm
Escassa é a ilusão de que se tem alguém
Tão ténue que é que se esvai na fumaça

Que circunscreve o limite do horizonte
Por onde nos é permitido ir, retaguarda
É o limite que fica por detrás da ponte

Chamada ilusão, a minha alma está cansada
No limite de um monte agreste e vazio
Tão vazio que nada renasce, o tudo é nada.

Antónia RuivoOpen in new window


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
Lara Adam
Publicado: 10/02/2010 10:50  Atualizado: 10/02/2010 10:50
Da casa!
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Mensagens: 405
 Re: «« Escasso ««
Que bonito Antónia! Parabéns por tão bela poesia. Beijinho.