Poemas : 

CINZA

 




No silêncio quebrado
Da noite
Que o latir dos cães
Propõem
E o frio nocturno
Acentua
No rio a prata
Nos olhos a lua
Azuis pálidos
E esmaecidos
Que dos muros de pedra
Granítica
Se estão soltando
E que como sombras
Fantasmagóricas
No chão deslizando
São já estes animais
A meus olhos presença
Por buscá-los
Certeza nos olhos
Dou por findo
O cigarro
O travo
Com que redefino o silêncio
No regresso
Ao mais interior
Do quarto
Solidificado


Jorge Humberto
(12/07/2003)

 
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jorgehumberto
 
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