Uma casa uma janela
defronte para o mar
a horizonte a manhã
de todas as manhãs
e nasce o sol
que irradia seus raios
primeiros nos meus
olhos rasos de água.
Uma cabana e um barco
amarrado a um poste
e o sol de todos os sóis
ilumina o casario
e a cadeira de balanço
molhada pelas águas
súbitas do mar
a perderem-se de vista.
No chão a roupa
mais a subtil sombra
no ar a brisa
de um corpo desnudo
que enfrenta o mar
mergulhando sua nudez
nas águas ávidas
de vida e contemplação.
E a vida passa passageira
junto aos umbrais da
janela aberta aos ventos
marítimos
que acariciam meu rosto
limpo de industrias
prenhe de dádivas e de uma
enorme devoção.
Uma casa uma janela
cortinados e bambinela….
Jorge Humberto
08/02/10