Nos areais em que te vou esculpir
Sabia que a paixão incendiaria
Nosso amor arraigado e amainaria
No arco-íris o anseio do teu ressurgir
Nossos lábios rimam em verso açoriano
Nesse encontro entre duas almas
Que se querem gémeas como palmas
Para depois celebrarem no oceano
Nessa galáxia em que desfruto
De seus cabelos aspergidos como cascatas
Meu êxtase perpetra em grutas primatas
E nos sorrisos subo ao cocuruto
Quando estou contigo
Os deuses me sentenciam aos beijos
Com os quais ergo ocultos desejos
E num abraço apalpo seu umbigo
Pêlos trémulos incham bramidos
Arrebatam nossos corpos electrizados
Que partilham prazeres como saldos
E nos levam a orgasmos perdidos
Quando fecho os olhos
Imagino nós dois de regresso ao Éden
Lá onde nosso amor diria Amém!
E onde sempre te quero sem folhos…
Abdico estradas e sigo uma estrela
E num milésimo de segundo
Estou contigo num novo mundo
Onde indefinidamente desejo tê-la…
Escrito em Benguela, aos 08 de Fevereiro de 2010
Poeta "Rei Mandongue I"
FAÇO DOS PEDAÇOS DA MINHA VIDA UM POEMA QUE RECONSTROI OS MEUS SONHOS DESFEITOS...