Por estranhos fios
A vida se tece
A cada volta da agulha
A cada giro da aranha
Por estranhos assovios
A vida se rege
A cada trinar de pássaro
A cada fábula de Ícaro
Por estranhos ruídos
A vida se contorce
A cada grito oprimido
A cada rito escondido
Por estranhos caminhos
A vida se redescobre
A cada andar retirante
A cada olhar de Dante
Por estranhos rios
A vida se renasce
A cada fuga de Mefisto
A cada batismo em Cristo.
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em 23/2/08.