Desabo em soluços e lágrimas.
Cobrem minhas mãos cálidas,
Como uma máscara, meu rosto.
É tanto o pranto e o desgosto
Que faço alarde em meu choro
Numa angústia triste e sem fim.
O mundo não tem pena de mim.
Anda me negando aquele “sim”
E o que impera é apenas um “não”.
Queria, querida, pedir-te perdão
Por ter te entregado meu coração
Sangrando amor e minha vida.
É que bebi da tua seiva e saliva
Rica em sustância santa e melíflua
Que perdi meu juízo e minha razão.
Agora te vejo se indo, se diluindo
Tal qual fosses feita de liquido
Entre os dedos da minha mão.
Hoje quero apenas que saibas
Que és tu minha mulher amada
Que sem tu ardo em vil escuridão
Que tanto te amo, te amo, te amo
Que não cabes em meu coração;
Que és luz de prata em minha vida;
Que ninguém te amará em um ano
O tanto que te amo em um dia!
Gyl Ferrys