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Sentimentos

 
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Eles falam mais alto que as palavras que me saem da boca. Estremecem o meu corpo. Dão ânimo ao meu coração. Iluminam os meus sonhos. Inventam as variadas expressões que se formam no meu rosto. E que sentimentos são esses? Que viram o meu mundo de pernas para o ar. Que me revoltam. Que me acalmam. Que me transformam. São tudo aquilo que sinto por ti. Cada um trás um bocadinho do teu corpo. Do teu cheiro. Do teu toque. Fazem-me arrepiar. Delirar. Desejar. Chorar. Rir. Sorrir. Tremer. És tu. Simplesmente tu. Tu és o sentimento. És dono deles todos. És dono de mim. Do coração que um dia roubaste e guardaste.
Porque ele ainda bate. Ainda persegue a única pessoa que o faz sentir nas nuvens. Lá no alto. Voando. Junto das aves que migram para a casa que sempre conheceram e que nunca abandonaram. Apenas disseram um ate passageiro. Tal como elas. Sempre que me separo de ti. Mas tal como elas o dizem, é também um “até já” que desejo sempre que seja suficientemente curto para que as saudades não me sufoquem demasiado.
Tornaste-te, em tão pouco tempo, essencial. Cada conversa parecia a mesma de sempre. Aquela de duas pessoas que já se conhecem faz tempo. Conversas banais e sem significado aparente. Porque significado, elas transportavam imenso. Cada uma mais poderosa que a anterior. Cada uma foi chave no meu coração que eu sempre teimei em fechar. Em esconder. Mas tu conseguiste. Puseste-o a descoberto. Só para ti. As tuas palavras mostravam tanta confiança, tanta segurança. Conseguiste conquistar o meu bem mais valioso. Roubaste-o como pirata que és. Semeaste nele sentimentos. Sentimentos que rapidamente se espalharam e cresceram. Eu tentava fechar os olhos. Não queria. Não podia. Não desejava sofrer. Lutei. Lutei por colocar barreiras. De nada me valeu. Conseguiste corrompe-las todas. Uma a uma deitaste-as abaixo. Emergiste delas para do meu coração seres rei.. Dele fazeres o teu trono.
E eu acabei por desistir. Entreguei-me à oportunidade do primeiro olhar. Aí me rendi. Desisti. Entreguei as armas e passei a ambicionar-te. Sonhar-te. Idealizar-te.O meu amor é demasiado imaginado. Demasiado ficcionado. Não sei o que é isso de amor. Mas desejo que mo mostres. Que mo ensines. Que mo demonstres em cada beijo que me dás. Em cada toque que me fazes sentir na pele. Em cada respiração tua. Em cada bate-bate do coração no teu peito. Em cada palavra sentida. Em cada silencio pronunciado. Em cada olhar evidenciado.
Sim. Mostra-me tudo. Mostra-me como se ama alguém. De forma subtil mas profunda. Ama-me simplesmente. E faz-me amar-te. O desejo de me encontrar nos teus braços a cada dia que passa é mais forte. De me deitar nos teus beijos. De simplesmente estar lado a lado, frente a frente, contigo. Só contigo. Quero amar-te. Quero dizer-to. Quero que o sintas. De verdade. Quero prometer-to. Quero todas essas coisas que achava lamechas. Só quero que saibas aqui que te desejo por demais. Que és demasiado especial para que te veja ir embora. Para que te perca um dia. Mas o que eu mais quero é que o sintas. Não aqui. Mas carne a carne. Fogo a fogo. Eu e tu. Juntos. Perto. Que me sintas como teu neste Presente que nos foi dado. Que me guardes num Futuro. Que me recordes num Passado. Que percebas que o meu coração é demasiado frágil para se deixar quebrar. E que o guardes junto do teu, aquecendo-o todas as noites, fazendo companhia todos os dias. Até que um dia ele deixe de bater.
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DulceMary
DulceMary


 
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Enviado por Tópico
Propoesia
Publicado: 23/02/2013 01:18  Atualizado: 23/02/2013 01:18
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