Bem no fluxo do sonho moribundo, A mente procura o significado Do que é vagar sem rumo.
Bem no seio do céu profundo, Um bando de corvos, açores Albatrozes, gaivotas e bem-te-vis Voa inalando o eflúvio do caótico mundo.
Bem no âmago das chacinas, úlceras, mentiras, Mazelas, senzalas modernas e opressão, Repousam as guloseimas que anestesiam Sensores de discernimento da razão.
Contra o triunfo Do horizonte soturno, Há a resistência da contumaz e inerme Flor amarela que aflora Do solo dos opacos olhos cor de insone névoa.