Poemas : 

Abre de par em par

 
Deixa que eu entre no teu silêncio,
para que no teu cerne,
desvende mistérios e descanse.
Amanheça eu aí,
encostada a uma gota de orvalho,
cristalina, reluzente,
com reflexos lilases e alaranjados
dum amanhecer de Agosto e,
lá ficarei o dia todo, a vida toda.
Abre-me o ferrolho da porta do templo,
esse, onde as gestações são eternas,
as palavras nascem espontaneamente,
as curas se fazem sem milagres e,
de onde brotam mananciais
capazes de regar estepes,
restolhos, desertos.
Abre-me os portões desse jardim de estrelas,
onde constelações são bailarinas
e a Via Láctea uma orquestra.
Abre de par em par
as portas do paraíso que tu és
à minha alma vagabunda.


Quisera eu ser poeta
Quisera eu ser pintor
Escrever telas e pintar poemas
Escrever, pintar, pintar,escrever
A humanidade com muita cor

 
Autor
adelaidemonteiro
 
Texto
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/02/2010 08:48  Atualizado: 04/02/2010 08:48
 Re: Abre de par em par
poetisa adelaidemonteiro

gostei da sua forma de escrever. um bom poema que se lê com prazer, transparente e lírico.

favorito

abraço


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/02/2010 15:39  Atualizado: 07/02/2010 15:39
 Re: Abre de par em par
Ola Adelaide

Porque o silencio também tem voz... que bom ouvi.la por vezes!

Levo para mim

Beijo azul