Batem devagar sobre a minha alma, formam melodias singulares com tons de desespero. Começam calmas para terminar tumultuosas, caem como gotas de orvalho nas madrugadas, chuva miudinha nos dias de Outono. Ás vezes chegam cautelosas, de mansinho, para quebrar o ritmo da face mas depois tornam-se violentas, despertas para esse espaço súbtil preenchido pelo sofrimento. Caem silenciosas às vezes, mas os gritos da alma não se podem conter quando elas já se amontoam nessas danças tão puras como sofridas.
Ás vezes cobrem o rosto para se esconderem depois nos cantos da boca, salgadas como as águas do mar, tão cheias, tão cheias de tudo que depois de as soltar fico-me vazia.
. façam de conta que eu não estive cá .