Neste campo que ora tomo,
por entre os arbustos do medo,
se resvalam os anseios.
Noutra terra me retomo,
desviado do degredo,
motivado por outros meios.
Retalhado de esperança,
na ambiguidade do ser,
me endoideço pelos defeitos.
Nasce o sol com pujança,
criando novo estabelecer,
dos sonhos então desfeitos.
Neste escutar da natureza,
ouvindo as aves pela manhã
e o ladrar dos cães à nossa porta.
Ensaiando aos olhos a beleza
angariada por talismã
para a vida que estava morta.
António MR Martins
2010.02.02
António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...