Aos poucos a floresta emudecia...
Somente o som dos ventos suaves
Pelos altares-mores dos druidas
E o chilrear triste de algumas aves...
Prevaleciam tons cinza pelas campinas
Convidava um cheiro de ervas pelo ar...
Subia a lua detrás das verdes colinas
Como jóia de prata ao céu a ganhar...
Ia, a lua, vestida de noite e a terra debuta...
Depois do ápice do seu movimento,
Depois de percorrer todo firmamento,
Perde-se no interior das águas escuras
Num suicídio fantástico nos seios do mar.
Não foi o sacrifício da lua em vão... Não:
Apagando do céu seu formoso clarão
Ganharam forças as luminosas estrelas
E acenderam-se as brasas do meu coração
Que se prostrava em reverência e genuflexão
A nossa primeira mãe, Mãe Natureza,
Que ordenou a todos os bichos irem nos ver.
Agora eu te pergunto: Onde está você?
Gyl Ferrys