São-me tediosos, os dias!
E os segundos, inda mais doentios!
Ó vida!...Ó infaustas letargias!
Ó sensação de vazio!
Que subsistir enfermiço!
Que fado!...Que jazer funéreo!
Arde, em mim, uma vida sem viço!
Um viver todo num tédio!
Definha num sofrer, o corpo frágil!
E a vida, imersa penumbra!
Inda quer ser vista toda grácil...
Passa à frente; ó vida modorrenta!
E o tédio o peito alumbra!
E inda toda existência atormenta...
(® tanatus - 16/12/2009)