vejo o porto seguro
vejo rios plenos de ti
são mares que me levam
por águas que não vivi
palavras desembrulhadas
carentes de um novo ser
tecem vidas rasgadas
cantam sortes por dizer
soam cascatas de riso
vibram em cada morada
caiem máscaras sem siso
moídas, ocas de nada
vejo o dia nascente
vejo a noite já vencida
são pétalas prenhes amor
semeadas entre vidas
Ruisantos