A margem do rio da vida embarca, nas asas do tempo...
Como caçadora de lobo grande guerra enfrenta.
Sente seu tempo escasso, o mundo quer abraçar.
Entre a dor que redime os erros da mocidade.
O medo de enfrentar o gigante da terceira idade.
A vista percorre o horizonte, esquece a saudade Por hesitante.
Comparem-se as cotovias que voam tão perto do céu.
Ao alçar seu vôo na clara luz da manhã faz renascer seu sonho juvenil.
Neste impulso vê alma refletida, no espelho da vida.
Embala-se á doce melodia do canto da cotovia.
Com seus cabelos brancos vê se inundada, pelas águas da vida.
Sabe que os seus sonhos ainda não estão perdidos.
Agora se transforma numa águia dourada, caçadora implacável, apegada ao lar.
Solitária ágil, e viril aguarda seu último vôo enquanto ainda não dormiu.
Dos seus anos dourados, sempre ira lembrar, mas deixa a saudade para traz, para uma nova jornada começar.
E nas folhas das árvores pendente, que o vento insiste em soprar nasce a nova mulher, cheia de vida que o tempo não conseguiu apagar!
Na terceira idade seu perfume solta pelo ar.
Com as mãos ressequidas estende as novas vidas que ira ensinar a caminhar.