Teu corpo, ah este teu corpo perfeito,
Que pelo meu pensamento é cobiçado...
Onde me Imagino entre tuas coxas e peitos,
Tocando a verdadeira sonata do pecado...
~
Pois nesta tua complexidade,
Adentro a teu mundo divino sem o conhecer...
E vou mentindo pela falta de uma verdade,
Rasgando tua roupa, sem nada lhe esclarecer...
~
Você que neste momento se faz submissa,
Parece entender um pouco da minha subversão...
E mesmo que de minha oração, não se faça missa,
Você ora possuída, sofrendo uma transformação...
~
Pois de desejo, tu desfigura o teu rosto,
Ficando mais linda à medida que se acaba...
Dando-me um beijo com estranho gosto,
Bem onde se encontra minha pele suada...
~
Eu procuro no teu movimento, o meu prazer,
Como se dançasse a música do vento...
Então gozo lento, neste eterno querer,
Quando me suga a vida, num doce momento...
~
Ao beijar meu peito, eu quase desencarno,
Pois tua boca me toca com maestria...
E dentro de ti, eu jamais me acalmo,
Pois sigo encaixado, predestinado como uma profecia...
~
É um ritmo alucinado, sei que não posso parar,
Então quero mais, à medida que me aprofundo...
E quando sinto seu seio na minha boca arrepiar,
Por um segundo, eu penso não existir mais mundo...
~
Então lhe ouço pelo orgasmo gritar,
E nesta sua fúria, você me arranha sem medidas...
Assim as marcas de amor começam se deflagrar,
Pois no teu pescoço, também deixo as minhas mordidas...
~
Eu sou profano, e esta minha divina heresia,
Cavalgando no teu corpo, eu adentro a qualquer inferno,
Chegando ao êxtase de qualquer poesia,
E ao final de qualquer coisa que se julgue eterno...