São 7:00 horas da manhã, e o sol já está alto,
O calor sobre o capô do carro me faz derreter
A minha janela está fechada, por medo de assalto
Viciando meu ar, e fazendo-me de calor enlouquecer...
Logo que o sinal fica vermelho,
Pedintes correm para a janela do carro
É uma imagem refletida em qualquer espelho,
Como sujeiras se esparramando pelo bairro...
Minhas moedas são poucas para muita gente,
E elas se empurram a procura de seu sesmo
Isso faz variar uma mensagem em minha mente,
A de que nunca somos diferentes de nós mesmos...
Um caminhão arranca ao meu lado,
Sua fumaça é tanta, que me sufoca,
O barulho me deixa muito estressado,
E minha raiva ao demônio evoca...
Pois tudo parece querer me confundir,
Estou no trânsito, e tenho que prestar atenção
Mas percebo ao lado as chaminés a poluir,
Carregando meu ar com fragmentos de poluição...
Ruas parecem corredores se afunilando, carros se apertando,
E a agonia logo se transforma em buzinas
Uma ambulância passa ao meu lado gritando,
Deve haver outros acidentes nas esquinas...
Mas é só 07:00 horas da manhã, e o dia é longo,
Os minutos não passam, presos nesta confusão
Estou suando, e com as pessoas me assombro,
Pois elas passam muito rápidas, confundindo minha visão...
Tenho vontade às vezes de gritar em xingamentos,
Há tudo e a todos, a minha loucura é a minha razão
Queria me acalmar, mas espero o momento,
De poder voar, além de minha imaginação...