Cem!
Tantas foram as vezes
que o torcicolo veio,
a cada vez que virava
pra ver se você chegava
Cem!
E tanto mais de vento,
a percorrer o corpo,
nas sombras das árvores
desta ilha, sem cores
Cem!
E saudosos beijos e carinhos,
nos tortuosos caminhos,
seguros, que levam ao encontro
de mãos que acenam a um simples barco...
Cem vezes clamei,
e não desisti,
Sem vozes silenciei,
e sim, insisti
Sem você, é difícil
Com você, é possível...
O vento se tornar suave brisa
O alento aquecer o coração
A paixão aflorar n´alma
A emoção suplantar a razão...
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em setembro de 1986.