A maioria vive a vida,
Lutando por um naco de pão.
Para muitos, é causa perdida.
É fome sem solução.
Mas há, os que vão esbanjando.
De tudo o que é comida.
E vão-se banqueteando.
Devorando esta vida.
São os chamados glutões.
Tudo comem,e nada deixam.
São mais que bichos papões,
Dos quais os putos se queixam.
Pois estes são ilusões,
De quando somos pequenos.
E os verdadeiros glutões,
São autênticos venenos.
Comem tudo até fartar,
E quando não há mais comer,
Juntam-se, e vão vomitar,
E começam a beber.
Verdadeiras ameaças,
Que tudo vão devorando.
Matam de fome as massas,
E eles vão engordando.
E isto não é coisa nova.
Já vem de muito atrás.
Nós vamos de caixão á cova,
E eles enterram-nos com pás.
E vão fazendo alarde,
Á sua ostentação de vida.
E consideram-te cobarde,
Por tu, não teres comida.
Alarves sem sentimentos.
Monstros sem coração.
Não se ralam com os sofrimentos,
Que causam a uma nação.
Porque os há, em todo o mundo.
Cuidado com os glutões.
Que fazem o mundo imundo,
E o transformam em prisões.
Todos na vida queremos,
Ter uma vida melhor.
Mas nunca os combatemos,
E vivemos sempre pior.
E tu vais vivendo preso,
Sem te aperceberes.
Mas vais sentindo o peso,
Apesar de não quereres.
zeninumi 11/7/2007
zeninumi.