A tarde cai
no ritmo lento dos autos
presos no trânsito infernal,
buzinam em fila indiana...
A tarde cai
o crepúsculo adormece
o sol se espreguiça em colchão
de cinzentas nuvens de espuma...
A tarde cai
a cigarra canta mais que a sirene,
de ambulância apressada, esperança,
quem sabe o céu se acalma...
E assim, mais um dia se vai
Mais um verão, de chuva torrencial
natureza, quem sabe a gente te trata
melhor, quem sabe um dia...
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em Janeiro de 2010.
Imagem: Dia chuvoso, de Gordon Bruce.