Brinca, em vãs redemoinhos,
O vento, esse levado menino,
Pelos sempre floridos campos;
Por entre as folhas arroxeadas
Que sobem em cálices e cantos
Pelos ocidentais muros cinzentos...
Nada me conforta nem me contenta...
Polvilho de ouro paira sobre a Terra
Fazendo sóis dos orvalhos das relvas
E fios dos cristais lampejantes dos rios...
Meus olhos se perdem pelas penumbras
Azuis... Entre uma tênue linha do espaço
Existente entre montes de árvores escuras
Reverbera luz a porcelana anilada do céu...
Criam efeitos mágicos e tais os raios solares
Sobre uma tensão superficial lisa e liquida
Que, similar a um espelho oval, rebrilha
A luminosidade olvidada pelas flores...
Pia notas tristes e translúcidas, uma cotovia...
Esboço apenas uma sombra de um sorriso
Numa face imberbe que não mais existe,
Numa busca sem fim de um seguro abrigo
Para um coração que anda muito triste...
Gyl Ferrys